Laura Vazquez, escritora: “Ou você dá o seu melhor, ou não vale a pena.”

Bem no final de A Mão da Mão (Cheyne), a coletânea que lhe rendeu o Prix de la Vocation em 2014, lemos estes versos: "Vou ter que caminhar um longo quilômetro, um longo tempo, um longo calendário, um quilômetro, e eu me tensiono, me contorço. Ninguém pega minha língua, meu pedaço de carne que eu amo. Minha língua." Assim, Laura Vázquez, cujo nome já havia aparecido em revistas de poesia, de certa forma se dispôs, como se trilha um caminho ou se faz uma promessa. O caminho poderia ser longo, exigiria as tensões e reviravoltas necessárias, mas ela avançaria passo a passo, um livro após o outro, resoluta, porque ninguém carregaria sua língua em seu lugar, na página ou em voz alta, sua própria língua.
Pouco mais de dez anos depois, onde está sua carreira? Atrás dela, um romance ( La Semaine perpétuelle, 2021), uma antologia de seus poemas ( Vous êtes de moins en moins réels, 2022), uma epopeia versificada ( Le Livre du large et du long , 2023), uma tragédia a duas vozes ( Zéro, 2024), muitas leituras, residências, prêmios. Sem pausa, e o ritmo parece estar acelerando. Numa espécie de eco, a encontramos no final da Forc.
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